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Cercada de d?vidas, come?a em um m?s a vacina??o contra HPV

Segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:56:18


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Justiça norte-americana concede indenizações por reações adversas, mas a Organização Mundial da Saúde atesta segurança do produto

A um mês do início da vacinação nacional contra o papilomavírus humano (HPV) para meninas de 11 a 13 anos, as controvérsias sobre a vacina permanecem. No Japão, as reclamações de duas mil pessoas fizeram o governo suspender a campanha pública de imunização. Nos Estados Unidos, mais de 200 famílias entraram com ações na Justiça e 49 casos receberam indenizações que somam R$ 49 milhões. As reclamações envolvem uma série de reações adversas, de dores até casos de morte, mas nenhuma foi comprovada cientificamente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) continua defendendo a imunização.

A vacina é eficiente contra o HPV, mas muitas pessoas acreditam que ela previne contra o câncer de útero. “As meninas que tomarem a vacina não devem pensar que estão protegidas contra o câncer de útero porque não é verdade. Esse tipo de câncer é multifatorial. O HPV é um dos fatores que causam a doença”, alerta a ginecologista Rita Zanine, professora do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Segundo a ginecologista, fazer o papanicolau – exame de rotina que detecta precocemente diversas doenças da mulher – ainda é a melhor forma de prevenir o câncer de útero. “Essa é a nossa grande preocupação. Que as meninas deixem de fazer o papanicolau”, afirma.

O HPV possui mais de cem tipos de vírus. Desse total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. A vacina que será aplicada no Brasil protege contra quatro tipos de vírus – 6, 11, 16 e 18. Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, segundo o Ministério da Saúde. Em 2011, 5.160 mulheres morreram em decorrência da doença.

Como funciona

A vacina – conhecida como quadrivalente – é ofertada em três doses que devem ser tomadas corretamente para completar a proteção. A segunda dose deverá ser aplicada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira. “Tem que ter certeza que todas as meninas tomem todas as doses. Não adianta tomar só uma”, destaca Rita.

Para receber a dose gratuitamente, é necessário apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. No Paraná, são cerca de 260 mil meninas de 11 a 13 anos que deverão receber a imunização através do SUS. Na rede particular, cada dose custa cerca de R$ 300.

A previsão é que em 2015 a vacina seja ofertada a partir dos 9 anos de idade. A imunização é voltada para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus.

Fonte: gazeta

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