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Conhe?a a dor para evit?-la

Quarta-feira, 10 de abril de 2013

Última Modificação: 05/11/2018 14:10:23


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Não se pode ver a dores físicas como algo natural, embora 3 entre 10 pessoas padeçam desses males. Elas precisam ser tratadas, não suportadas

Ao contrário do que se pensa, a dor não é algo natural, a ponto de se resignar e aprender a conviver com ela. Tampouco é um fenômeno que pode ser resolvido com medicamentos, que aplacam ou até acabam com a sensação, mas não vão à origem do mal. Ou seja, não tratam do problema de saúde. Esse recado é particularmente importante visto que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 30% das pessoas em todo o mundo convivem com dores crônicas. São dores que duram mais de três meses e que, depois do recurso dos medicamentos, geralmente de uso diário, voltam a aparecer.

“A dor não deve ser suportada, ela deve ser tratada. E isso envolve conhecer o que está causando essa dor, pois ela é sempre um sinal de alerta do corpo de que algo não está bem”, explica o médico anestesiologista e responsável pelo serviço de tratamento da dor pós-operatória do Hospital Santa Cruz, Ayrton De Andrade Júnior. Neste caso, é preciso estar ciente dos riscos que se corre com a automedicação, que não resolve o problema e ainda pode criar outros, de acordo com o médico.

Por causa disso, é importante entender o que está por trás de uma dor. O objetivo de maior esclarecimento não é criar pânico ou uma preocupação excessiva, mas entender que, caso haja algo mais grave ocorrendo no organismo, é necessário procurar um médico e combater o perigo real, não o seu “mensageiro” (a dor). E o quanto antes o combate for iniciado, melhor.

Confira a seguir o que podem significar os sinais de dor em cinco regiões do corpo.

O mal de cada dia

Costas

De acordo com o médico intervencionista da dor Charles Oliveira, do Centro de Controle da Dor Singular, em Campinas (SP), 10% das dores lombares crônicas têm origem muscular; 20% devido à colocação de pinos na coluna (com pressão sobre a articulação sacro-ilíaca); 30% por artrose na coluna lombar; e 40% por fraturas no disco intervertebral que amortece a coluna. A dor aguda também pode esconder um problema renal. “Se for lombar, uma mudança de posição faz a dor aliviar. Se for nos rins, não cessa. E se houver febre, pode ser uma infecção renal, a pielonefrite. No caso de uma dor com pontadas, pode significar pneumonia”, explica o ortopedista do Hospital Vita Curitiba Bruno Moura.

Cabeça

A dor mais severa pode ser uma enxaqueca. Geralmente se espalha por um lado da cabeça e provoca ânsia, vômito e reações à luz. Pode durar até 3 dias ininterruptos. “A falta de um sono reparador, entre pessoas que roncam ou acordam muito durante a noite, também pode ser a causa da dor de cabeça matinal”, explica a neurologista Ester London, do Hospital Vita Batel. Às vezes, o problema é de origem orofacial (a região que envolve pescoço, face, cabeça e cavidade oral). Uma alteração da articulação que liga a mandíbula ao crânio pode ser a causa, além do bruxismo ou mesmo o uso de aparelhos ortodônticos. O médico Ayrton de Andrade Júnior explica que em casos mais raros a dor pode estar associada a um tumor cerebral ou a um aneurisma, uma anormalidade dos vasos sanguíneos do cérebro que forma ‘saquinhos’ nessas estruturas, gerando pressão no vaso e causando dor. Outra doença a causar dor nessa região é a neuralgia do trigêmeo, causada por agressões de vasos que, ao pulsar, atingem os nervos da região da face, olhos e mandíbula. Anti-inflamatórios também podem causar dores crônicas de cabeça.

Abdôme

Entre as dores na barriga, há desde gases e intoxicação até situações mais graves, como inflamação da vesícula biliar – nesse caso, a dor começa no lado direito da barriga e se espalha. Um caso mais grave, explica o médico Ayrton de Andrade Júnior, é um aneurisma da artéria aorta abdominal, ou tumores na região, como o de fígado ou pâncreas. Na região do baixo ventre, a dor pode estar associada a um quadro de endometriose, responsável pelas cólicas menstruais, que não devem ser subestimadas. O crescimento anormal das células do endométrio faz com que este tecido acabe migrando para regiões como uretra, bexiga e trompas, gerando inflamação e dor.

Pernas

O pouco condicionamento físico ou varizes são a causa da maioria das dores nas pernas, mas às vezes resulta de pequenas tromboses e acidentes vasculares. “Problemas de coluna, a lombociatalgia (ou dor no ciático), também podem gerar dor nas pernas, geralmente uma só, do lado afetado pelo problema”, explica o ortopedista Bruno Moura. Lesões causadas por traumas nos ligamentos ou na cartilagem dos pés, tornozelos e joelhos incham e causam dor, além da artrose e pode limitar os movimentos. Por fim, a dor nos pés, associado a ferimentos, pode significar algo bem grave: o diabete, que pode vir a gerar até a amputação dos dedos ou do próprio pé.

Peito

Os diagnósticos mais plausíveis são angina do peito, pneumonia, gastrite ou espasmos do esôfago. Em 85% dos casos, as dores não envolvem o coração; são na maioria gastrite, ou algo simples como gases, gripe ou tosse com dor. “A dor de um infarto é um tipo de aperto, como se alguém sentasse no teu peito. Ela é espalhada, não dá para apontar com o dedo. Também ocorre por um período de 15 a 30 minutos e cessa, depois volta. A dor vai para o ombro, pescoço, rosto, mandíbula. Já a úlcera queima, é localizada e tende a passar com um copo de água. A dor de pneumonia também é contínua e dá pontadas”, diz o cardiologista da Unidade de Dor Torácica do Hospital Vita Curitiba, Luiz Fernando Kubrusly. Uma das dores mais perigosas, exige atendimento rápido. A recomendação é procurar um médico e tomar uma aspirina (ela impede a evolução do infarto, mas não é um tratamento).

Fonte: gazeta

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