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Jap?o dobra presen?a no PR em 5 anos

Terça-feira, 23 de setembro de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:40:12


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Número de empresas japonesas passou de 11 em 2009 para 22 neste ano. Até 2017, previsão é que 50 estejam instaladas no estado

A presença de empresas japonesas no Paraná dobrou nos últimos cinco anos. Segundo dados da Câmara do Comércio e Indústria Brasil–Japão do Paraná (CCIBJP), uma sociedade civil sem fins lucrativos que representa a classe empresarial, em 2009 eram 11 fábricas instaladas. Hoje, já são 22. A maioria dos empreendimentos ainda está concentrada na Região Metropolitana de Curitiba e em Ponta Grossa (Campos Gerais), mas há esforços para levar novos investimentos japoneses para outras regiões do estado, especialmente o Norte e o Noroeste, onde ficam Londrina e Maringá. A expectativa é que nos próximos três anos 50 empresas nipônicas estejam instaladas no Paraná.

O presidente da entidade, Yoshiaki Oshiro, explica que a falta de mão de obra no Japão para atender à demanda das indústrias locais e as dificuldades enfrentadas em decorrência de terremotos estão entre os motivos que influenciam a expansão para o Brasil. “No Japão, trabalha-se com um conceito de planejamento de longo prazo e sabe-se que o índice populacional deles vem caindo, ao contrário do nosso. O número de empresas para abastecer o mercado interno, com o tempo, terá problemas para crescer”, diz.

Segundo Oshiro, a ideia é trazer para o Paraná empresas de médio porte, que possam contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias em setores como agroindústria e eficiência energética.

Visitas

Ao todo, 51 empresas japonesas devem conhecer o estado até o fim do ano. Os representantes costumam vir em comitiva e passar por seminários empresariais nas principais cidades paranaenses. Foi assim, em agosto, quando empresários da província de Ueda estiveram em Londrina. Para setembro, está prevista a vinda de uma comitiva de professores e reitores de universidades japonesas.

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) tem dado suporte às iniciativas. “Levamos empresários brasileiros para o Japão e também recebemos delegações que vêm conhecer as potencialidades do estado, a capacidade de absorção de novos investimentos e se há pontos de convergência para aportar capitais”, assinala o gerente de Relações Internacionais e Negócio Exterior do Sistema Fiep, Reinaldo Tockus.

Trata-se, de acordo com ele, de um trabalho de “convencimento”, uma vez que os incentivos fiscais estão estáveis desde a década de 1970 e a situação tributária do Brasil pode desestimular novas parcerias. “O que acontece é que as empresas são atraídas pela qualidade de vida e pela nossa formação profissional para mão de obra. Além disso, o estado também tem proximidade com o Mercosul e São Paulo, hoje o maior centro consumidor da América Latina”, comenta o gerente.

 

Acordos

 

Segundo a Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão do Paraná, das cinco empresas que visitaram Londrina no mês passado, ao menos duas retornaram para a Ásia com parcerias encaminhadas com empresários brasileiros. Uma delas seria a Wataya Seisako, que atua na transformação de lixo em energia. A outra empresa é a Gurimu, que trabalha com biotecnologia, produzindo uma enzima que limpa o solo e a água.

Fonte: gazeta

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