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Telef?nicas investem em internet para enfrentar concorr?ncia de apps

Sexta-feira, 09 de maio de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:51:35


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Popularização de aplicativos de troca de mensagens reduz receita das operadoras comserviços de voz e SMS. Meta agora é focar na venda de pacotes para web

A difusão do acesso a conexões de banda larga colocou o modelo de negócios das empresas de telefonia contra a parede. Com a competição de aplicativos que substituem linhas telefônicas fixas e serviços de envio de mensagens de texto (SMS), as operadoras estão apostando todas as suas fichas agora na venda de pacotes de dados para a internet.

Hoje, dos 273,58 milhões de celulares ativos no país, 38% têm acesso à rede 3G – em 2009, esse porcentual não ultrapassava 2%. O acesso à banda larga móvel também popularizou os apps de troca de mensagens e arquivos, como o WhatsApp e oFacebook Messenger. Cada vez mais conectados, os usuários passaram a recorrer menos ao SMS e agora encontram mais alternativas às ligações via linhas convencionais.

A mudança é global. Estudo da consultoria inglesa Ovum afirma que a preferência pelos aplicativos faz com que as operadoras de telefonia em todo o mundo deixem de lucrar US$ 33 bilhões por ano com o SMS. A previsão é que, nos próximos dois anos, o valor da perda anual chegue a US$ 54 bilhões. Já em 2012, segundo a consultoria Informa, o número de mensagens trocadas por apps superou pela primeira vez a quantidade de textos enviados via SMS – foram 19 bilhões de mensagens por dia contra 17,6 bilhões.

Mais barato

Esse cenário ajudou a baixar o preço dos torpedos, antes cobrados por unidade. A Oi oferta até 500 mensagens por dia para números da operadora e outras 30 para as demais por R$ 0,75 por dia. Já a Vivo tem uma oferta de SMS à vontade para clientes da operadora e R$ 0,05 por mensagem para outras empresas por R$ 6,90 por semana.

O foco na conexão à internet fez inclusive com que algumas operadoras lançassem recentemente suas próprias versões do WhatsApp. Usuários da TIM e de outras empresas tiveram acesso ao Blah, app gratuito que reúne os serviços de voz, mensagens e vídeo chamadas. Para se comunicar, basta estar conectado à internet. A Claro disponibilizou em agosto do ano passado o Joyn, com recursos semelhantes, mas voltados somente aos clientes da operadora, que podem utilizar o app sem ter o tráfego de dados tarifado.

“Pode haver sim queda no envio de SMS e um crescimento acelerado nos serviços de comunicação pela internet, mas acreditamos que esses serviços se complementam e não se substituem. Estamos nos movimentando para nos diferenciarmos cada vez mais nesses serviços com potencial de novas receitas e crescimento, mas não creio que essa explosão [da conexão à internet] váacabar com as demais receitas”, avalia o diretor regional da Claro para Paraná e Santa Catarina, Versione Souza.

As operadoras não revelam a parcela de receita referente a cada serviço, mas quem acompanha o setor vê o foco nos pacotes de dados como definitivo. “Apesar de ainda serem o principal serviço, as receitas de voz das operadoras na telefonia móvel estão caindo em alguns países e, no Brasil, parando de crescer. As operadoras já vêm investindo cada vez mais em banda larga fixa e móvel, que é de onde está vindo o crescimento da receita”, diz o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude.

 

Participação

 

Operadoras investem em ofertas para manter o aparelho fixo

Apesar de ser preterido pelo celular em mais da metade dos lares brasileiros, o telefone fixo ainda é alvo de investimento de operadoras – inclusive das que, até pouco tempo atrás, apostavam as fichas na telefonia móvel. A Telefônica Vivo diz ter registrado um total de 15,3 milhões de acessos fixos em 2013, número 2,2% superior a 2012. Parte do incremento se deve ao serviço Vivo Fixo, por meio do qual o usuário coloca um chip da operadora em um celular e pode utilizá-lo no raio de um quilômetro de casa. O serviço está disponível no Paraná há pouco mais de dois anos.

O pacote mais barato, de R$ 19,90, oferece ligações locais ilimitadas para qualquer fixo do país. O aparelho “híbrido” foi a forma encontrada pela empresária curitibana Rafaela Greca para diminuir as despesas com telefonia. Como ela trabalha em casa, na organização de eventos, não se viu incomodada pela limitação física do aparelho. “Sempre tive que ligar muito para telefones fixos de agências de publicidade, cerimoniais e casas de eventos. Aí, neste caso, não valia a pena ligar do celular”, relata.

Hoje, o mercado da telefonia fixa, assim como na telefonia móvel, é disputado por quatro grandes operadoras, que fecharam 2013 com 44,8 milhões de acessos fixos: Oi (39% de participação), Embratel (23%), Telefônica (23%) e GVT (9%).


 

Fonte: gazeta

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