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Microempresas geram mais empregos

Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:56:17


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Pequenos negócios com até quatro funcionários lideram oferta de postos de trabalho no Paraná. Em cinco anos, foram 461 mil vagas

As micro e pequenas empresas (MPEs) sempre estiveram à frente da geração de empregos no país, e esse fenômeno está se acentuando. Nos últimos cinco anos, apenas os pequenos negócios, com até quatro funcionários, registraram saldo positivo na abertura de novas vagas. No Paraná, elas criaram 461 mil postos de trabalho criados no período – uma média de 92 mil vagas por ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Na contramão, empreendimentos que têm entre cinco e 99 funcionários estão fechando postos de trabalho – foram quase 14 mil só no ano passado. Entre 2009 e 2013, esse número chega a quase 37 mil vagas. A única exceção foi o ano de 2010, quando esse grupo de empresas gerou 15.770 empregos, refletindo o forte crescimento econômico daquele ano.

Por isso, são os negócios com até quatro funcionários que têm ajudado a deixar no azul a conta total da geração de postos de trabalho no Paraná. Em 2013, essas empresas criaram quase 90 mil empregos formais no estado e ajudaram a deixar o saldo da criação de vagas no estado positivo, com 78.507 novos postos de trabalho.

Para especialistas, não há uma explicação aparente para o fechamento de postos de trabalho no grupo específico de empresas com cinco a 99 funcionários. “Como o desemprego tem caído sistematicamente, parte desse saldo negativo talvez seja explicado pelo desempenho dos setores na economia e pela alta rotatividade de funcionários, com as empresas contratando nos momentos de maior crescimento e demitindo nos momentos em que a demanda enfraquece”, avalia Amilton José Moretto, do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp.

Formalização

O aumento da criação de vagas pelos pequenos negócios está associado à crescente formalização desse grupo por meio de programas como o Simples Nacional e o Microempreendedor Indivi­dual (MEI), que permite aos microempreendedores com rendimento anual de até R$ 60 mil por ano que contratem um empregado.

Na análise do economista José Márcio Camargo, do Departamento de Economia da PUC-Rio, essa distância tão grande entre uma faixa e outra tem mais a ver com a formalização do microempreendimento que com a criação de novas vagas. “Pelo porte, as empresas com até quatro funcionários tendem a estar concentradas no setor de serviços, que vem crescendo muito nos últimos anos. Esse grupo também concentra a maior parte dos trabalhadores informais do país”, ressalta.

Fonte: gazeta

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