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Vacina da gripe some na rede privada

Quarta-feira, 11 de julho de 2012

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Centros de imunização continuam com dificuldade de atender à demanda por vacinas contra o vírus H1N1

Os centros de vacinação privados de Curitiba continuam com dificuldade de atender à demanda por vacinas contra a gripe A (H1N1). De oito clínicas consultadas pela Gazeta do Povo, apenas uma mantinha estoque do produto. Para agravar a situação, fornecedores confirmam o problema de abastecimento. As vacinas minguaram no setor privado após o aumento do número de casos. Até anteontem, 588 pessoas haviam contraído a doença no estado, 207 apenas na semana passada – avanço de 54% em relação ao número de contagiados na semana anterior.

Das oito clínicas consultadas pela reportagem, nenhuma se arriscou a dar previsão de quando seu estoque deve ser reposto. Pelo contrário, a Cevacine cravou que não terá mais vacinas em 2012. Já a Proteção Vacinas e a Clínica Paciornik pediram para retornar a ligação no início da próxima semana, quando esperam poder dar um prazo para receberem as doses.

A única clínica consultada que ainda tem vacinas, a Clínica de Imunizações, que fica no bairro Vista Alegre, em Curitiba, e tem filiais em Cascavel e Foz do Iguaçu, mais do que dobrou a média diária de atendimentos. “Vacinamos de 50 a 60 pessoas por dia. Ontem, certamente, esse número passou dos 100. Temos estoque apenas para mais alguns dias”, diz Jamilla Guerreiro de Almeida, sócia e responsável técnica da clínica.

O Ministério da Saúde e a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) não informaram o nome de todos os fornecedores da vacina no país, mas a reportagem fez contato com dois deles, que confirmaram a falta do produto. “Houve aumento significativo da demanda e, por isso, a vacina está indisponível em alguns locais”, disse a empresa GlaxoSmithKline.

A Sanofi Pasteur seguiu o mesmo tom. “Aumentamos em mais de 30% o volume de vacinas neste ano e, nos próximos dias, a empresa liberará mais de 100 mil doses para abastecer centros privados de vacinação”, afirmou a assessoria de imprensa do grupo francês.

Serviço público

O volume de vacinas na rede pública paranaense também é pequeno, mas isso porque as metas de vacinação dos grupos de risco foram atingidas na maioria das cidades do estado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 1,9 milhão de pessoas foram vacinadas e os estoques que sobraram nos postos são basicamente para atender gestantes e futuras gestantes. Além das gestantes, idosos a partir dos 60 anos, crianças entre 6 meses e 2 anos, povos indígenas e profissionais da saúde fazem parte do público-alvo.

A reportagem consultou as unidades de saúde Mãe Curitibana e Ouvidor Pardinho e ambas ainda têm estoque da vacina.

Sezifredo Paz, superintendente da Secretaria Estadual de Saúde, disse que o órgão solicitou ao Ministério da Saúde doses extra da vacina para ampliar o público-alvo. “Gostaríamos de avançar nas crianças de dois anos em diante”, afirmou. A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que a pasta analisará o pedido.

Fonte: gazeta

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